
sábado, 20 de setembro de 2008
O bom e velho exemplo!

As universidades particulares já educam a esmagadora maioria dos jovens contratados pelas empresas brasileiras

Em Salvador todos querem ser o ACM do século 21

O inesquecível Nordeste...

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrará do ministro da Educação, Fernando Haddad, um plano para erradicar o analfabetismo do Nordeste. Na última quinta-feira, Lula decidiu concentrar lá os investimentos que fará em educação nos próximos dois anos. O Nordeste é esmagadoramente lulista, mas o tucano José Serra tem bons índices na região. (Veja)
Maria Alice Setubal: Valorização do professor passa por plano de carreira, salário digno e condições de trabalho

Maria Alice Setubal: No Cenpec nós temos reafirmado o professor como uma figura central na aprendizagem. Acreditamos na importância fundamental da valorização do professor. E essa valorização passa por um plano de carreira, por um salário digno e condições de trabalho internas à escola, que atendam aos requisitos básicos para garantir uma Educação de qualidade. Ou seja, uma escola que tenha uma estrutura física em ordem, biblioteca, laboratório de informática, número adequado de alunos por classe, que tenha horas de trabalho em conjunto para discutir o planejamento da escola e que receba orientação das secretárias de Educação.
TPE: A Fundação Tide Setubal tem uma forte atuação na periferia de São Paulo, especificamente em São Miguel Paulista. O Cenpec já desenvolveu programas na Brasilândia e no Campo Limpo. Em sua opinião, quais são as principais dificuldades enfrentadas pelos professor e pelas as escolas das periferias dos grandes centros?
MA: Nós não podemos generalizar, como se as periferias fossem um todo homogêneo.. É possível encontrar regiões periféricas onde a sociedade civil é muito articulada. Na zona sul, por exemplo, no em torno do Jardim Ângela há várias instituições de diferentes natureza trabalhando, tanto vinculadas à igrejas, como a partidos políticos, movimentos sociais, ONGs, fundações empresariais... Enfim, existe um acúmulo de energia da sociedade civil articulado com programas públicos, que dá uma característica completamente diferente a aquela região.
Esse é só um exemplo de como não podemos citar as periferias de forma muito genéricas. No caso de São Miguel Paulista, há escolas que têm resultados muito bons. Talvez ela esteja em uma região da periferia melhor, porque as periferias também reproduzem o centro expandido da cidade. Existem bairros periféricos onde a maior parte de seus territórios estão em uma região de alta vulnerabilidade. Mas dentro desse mesmo bairro, por exemplo, em São Miguel, existe uma região central com baixa vulnerabilidade, semelhante ao centro expandido.
Não é possível generalizar, mas há uma tendência. Nessas regiões de alta vulnerabilidade, localizadas nas periferias, tem escolas que tiveram um resultado no Ideb muito baixo. Isso se deve ao acúmulo de fatores negativos como, por exemplo, uma rotatividade grande de professores, turmas com muitos alunos em sala de aula, professores que não têm uma qualificação tão boa porque tiveram uma formação de qualidade mais baixa. E tem, também, a questão social. A luta pela sobrevivência é tão grande que, mesmo que a família valorize a Educação, as dificuldades acabam rebatendo nas crianças.
Precisamos de uma política pública que realmente tenha foco na eqüidade e que faça com que essas crianças e escolas, que estão em territórios mais vulneráveis e apresentam Ideb mais baixo, tenham condições e apoio para superar essas adversidades.
TPE: Em sua opinião, o salário do professor impacta na qualidade do ensino?
MA: Muitas pesquisas elaboradas por economistas têm apontado que o aumento do salário do professor e o número de alunos por sala não incidem sobre a melhoria dos resultados do ensino. Nós questionamos um pouco os resultados dessas pesquisas. Não que as pesquisas não estejam corretas. A questão é mais complexa. Nós sabemos que o aumento nos salários dos professores não vai ter uma incidência direta na melhoria da qualidade. Mas acreditamos, com muita convicção, que se não melhorarmos os salários dos professores, não vamos atrair bons profissionais para essa área. E, portanto, não é uma questão imediata, uma relação causal: aumenta o salário, melhora a educação. Mas ao longo do tempo, se quisermos uma Educação de qualidade é fundamental que os professores tenham um salário digno.
TPE: Qual a sua avaliação sobre a criação do piso nacional para os profissionais do magistério da Educação Básica?
MA: É fundamental que o governo estabeleça um piso, um patamar mínimo. O piso ainda é muito baixo, mas é o que é possível em termos de Brasil. Agora, quanto à questão do número de horas de planejamento de aulas, eu acho que vai depender de cada realidade. É complexo uma lei federal determinar isso. Acredito que a discussão deveria ficar dentro da alçada municipal e estadual.
TPE: Qual a sua opinião sobre a remuneração por mérito?
MA: É uma questão muito complexa. Eu sou contra uma remuneração por gratificação para o professor individualmente por meta alcançada em sala de aula. Há diversas pesquisas em todo o mundo nas quais você vai encontrar escolas e redes de ensino em que a gratificação teve pontos positivos e em outros não. Mas acho que a experiência de São Paulo é interessante porque prevê a remuneração de todos os profissionais da escola e faz a comparação da escola em relação a ela mesma. Isso é muito interessante. Quero acompanhar e ver o resultado. Foi uma medida importante e corajosa da secretária de Educação de São Paulo.
TPE: Como atrair para a carreira docente jovens mais preparados. É só uma questão salarial?
MA: Não é só o salário, mas sem ter um salário razoável e uma proposta de qualificação desse salário, não é possível atrair bons professores, isso é uma condição. Acredito que outra condição, que é muito mais intangível, difícil e simbólica, é a sociedade voltar a valorizar o professor. As secretarias de Educação deveriam ter atitudes concretas, que apontem para essa valorização e que os pais passem a respeitar mais os professores. A sociedade tem que sinalizar concretamente, tanto a secretaria de Educação, quanto as famílias que o professor é uma figura respeitada.
TPE: O que é ensinado nas faculdades de Pedagogia coincide com a realidade encontrada na Sala de Aula?
MA: Acho difícil generalizar todas as faculdades de pedagogia, como se todas fossem ruins. Há escolas boas. Nessa última avaliação do Enade, do MEC, me chamou a atenção que algumas instituições particulares ficaram entre as melhores classificadas. Eu acho que a USP, a Unicamp, apesar de todas as questões que existem, também têm ótimos professores na faculdade de Educação e realizam trabalhos e pesquisas importantes. Agora, obviamente há um dado importantíssimo, pois a maioria dessas faculdades privadas são muito ruins e têm baixa qualidade de ensino. Mas só teremos uma base real após ter conhecimento dos resultados da avaliação nacional dos cursos de pedagogia. O que a gente percebe, conversando com os educadores que nós temos contato, é que esses cursos de pedagogia em geral são fracos, porque os professores têm salários muito baixos e acabam atraindo profissionais de baixa qualificação.
TPE: A cultura de avaliação está se firmando cada vez mais no Brasil, apesar de ainda haver um pouco de resistência por parte dos professores. Como mudar esta visão sobre as avaliações?
MA: Tenho a impressão que o Saresp aqui em São Paulo tem a participação mais próxima dos professores, mas nem por isso os professores gostam da avaliação. È muito difícil o professor gostar de avaliação, mas ela é fundamental. Mesmo quando o professor tem uma participação maior ele ainda mantém certa distância.
O que a gente percebe trabalhando na área da Educação é que são poucas as escolas públicas que conseguem ter uma discussão interna em cima dos resultados do Ideb, da Prova Brasil ou do Saeb. O que acaba fazendo com que as provas estejam muito distantes da realidade do professor no seu dia a dia. (Todos Pela Educação)
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
Pesquisa Datafolha para Salvador está prestes a ser divulgada
ACM Neto (DEM) permanece na liderança com 27%. João Henrique vem em segundo (PMDB), com 22%. Walter Pinheiro (PT), com 20%, Antonio Imbassahy (PSDB) registra queda de quatro pontos e fica com 14%. Hilton Coelho (PSOL) continua com 3%. O Datafolha ouviu 830 eleitores. A pesquisa Datafolha revela que num eventual segundo turno entre os candidatos mais bem colocados, constatou-se um empate em todas as disputas. Se o segundo for disputado entre ACM Neto e João Henrique, o democrata teria 43% das intenções de voto, ante 42% do peemedebista. Entre ACM Neto e Walter Pinheiro, cada um teria 43%. Já uma possível disputa entre ACM Neto e Imbassahy daria 42% ao democrata contra 40% do ex-prefeito. A pesquisa destaca ainda que 44% dos eleitores entrevistados acreditam na vitória de ACM Neto. Outros 16% acreditam na reeleição de João Henrique, enquanto 14% confiam em Walter Pinheiro e 13%, em Imbassahy. (Bahia Notícias)
Adoro Orquídea!

Vaga de advogado no TSE
STF define lista de advogados que concorrerão à vaga do TSE : Versiani, Henrique Neves da Silva e Admar Gonzaga Neto. O escolhido ocupará a vaga de Carlos Eduardo Caputo Bastos.
EcoD: Diesel S-50, menos poluente & preço
Um dia depois de ter obrigado a Petrobras e a ANP a garantirem o diesel S-50, menos poluente, em pelo menos uma bomba em cada posto de gasolina do país a partir de 1º de janeiro, a Justiça de São Paulo determinou uma nova exigência ontem: a de que o diesel S-50 seja fornecido com preço "suficientemente próximo" ao do diesel convencional. (Migalhas)
Um em cada dez brasileiros com mais de 15 anos de idade ainda não sabe ler nem escrever
Um em cada dez brasileiros com mais de 15 anos de idade ainda não sabe ler nem escrever. Esse contingente de 14,1 milhões de brasileiros é analfabeto, segundo os critérios do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Ou seja, eles não são capazes de ler e escrever um bilhete simples na língua materna. O número pode parecer alto aos olhos de internautas letrados, mas é o índice mais positivo dos últimos 15 anos, segundo a Pnad 2007 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgada nesta quinta-feira (18). Em 1992, a taxa de analfabetismo era de 17,2% entre pessoas de 15 anos ou mais de idade - em 2007, o índice caiu para 9,9% seguindo uma tendência histórica de queda. "Quando se fala em educação, as mudanças não acontecem a curto prazo. Se compararmos com esses dados de quinze anos atrás, vemos uma tendência na diminuição de analfabetos, ao mesmo tempo que há uma ligeira queda na população", afirma Adriana Bernguy, técnica do IBGE e membro da coordenação de renda e emprego. O Nordeste ainda é a região que mais registra analfabetos: é onde estão 19,9% dos brasileiros sem alfabetização. Apesar disso, é também a área que teve maior redução da taxa nos últimos 15 anos, caindo de 32,7% para 19,9%. O número de brasileiros considerados alfabetizados - ou seja, que sabem ler e escrever bilhetes simples - porém, fica atrás de locais com desenvolvimento inferior, como Suriname, Panamá e Paraguai. "Se compararmos o desempenho histórico brasileiro, temos melhoras, mas estamos muito longe do que pode ser alcançado", diz Adriana Bernguy. (IBGE)
Mostra reúne artistas plásticos do Brasil

PNAD 2007: redução na taxa de analfabetismo e aumento no número médio de anos de estudo da população

quinta-feira, 18 de setembro de 2008
Marketing de Experiência

José Carlos Rodrigues assume Diretoria Regional do Comitê Nacional do Cerimonial Público
60 anos da Ogilvy
O economista Ilan Goldfajn diz que o Brasil deve evitar excessos

Brenda e Newton Lins dão notícias depois que o IKE passou por Houston
Moda Design Competitivo

Trata-se de evento onde o Governo do Estado da Bahia, através da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação – SECTI e em parceria com a Federação das Indústrias do Estado da Bahia – FIEB abre as inscrições para a adesão ao Projeto Estruturante Moda Design Bahia, que possibilitará ao empresário do APL de Confecções ter acesso à capacitação especializada e aos serviços de um Centro de Design de Moda. As ações serão realizadas através do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas da Bahia – SEBRAE/BA e têm como objetivo melhorar a competitividade das micro, pequenas e médias empresas baianas do segmento de confecções. Se você gosta de moda e tem negócio nessa área é uma excelente oportunidade para investir na melhoria das suas competências. Veja quais as ações contempladas: - Capacitação Empresarial em Gestão Estratégica em Moda;- Capacitação Profissional em Design de Moda;- Implantação do Centro de Design de Moda (Infra-estrutura de Suporte);- Consultoria em Design de Moda para Desenvolvimento de Coleção/Produto.
Fred Góes recebe hoje o título de cidadão baiano

DPaschoal aposta no rádio

quarta-feira, 17 de setembro de 2008
Silvia Zarif governa a Bahia

Paulo Cunha fala sobre a crise durante o 5º Fórum de Economia da FGV

PAULO CUNHA - É muito grave e tem um formato que nós nunca vimos antes. Nunca vimos nada parecido com isso.
Folha - Há quem diga que é apenas uma pororoca.
CUNHA - Quando um banco do tamanho do Lehman Brothers quebra, não é pororoca coisa nenhuma. E que ela pode chegar aqui, pode. Mas o Brasil nesta crise está muito bem, comparativamente a outras crises que atravessou. O país está sólido. E acho que a crise não vai ser tão grande assim. Mas isso é só achismo. (Coluna da Mônica Bergamo)
Marco regulatório do Pré-sal

Adoro Café

Nova Holding
A Votorantim Industrial e o Grupo Safra anunciaram ontem ao mercado o acordo final que cria a maior companhia de celulose do mercado mundial. Com o negócio, será constituída uma holding que controlará os ativos da VCP e da Aracruz. (Migalhas)
Ficção Científica no Século XXI: Ainda é Possível?

Educação: Custo mundial da corrupção supera R$ 1 trilhão por ano
Não só o Brasil sofre com a praga da corrupção, que leva para o ralo centenas de milhões de reais, desviados por saqueadores do erário. Tanto isso é verdade que a Polícia Federal trabalha sem parar na apuração de fraudes, sonegação fiscal dolosa e desvio de verbas destinadas à execução de obras públicas, notadamente nas áreas da saúde, Educação, saneamento básico e melhorias viárias. Mundo afora, o problema é tido como o mal que mina substantivamente o desenvolvimento econômico e social de um país. O Banco Mundial (Bird) estima que o custo anual da corrupção é de US$ 1 trilhão, US$ 259 bilhões superior ao gasto dos países com o ensino entre a primeira e nona séries, de US$ 741 bilhões. A Educação fundamental equivale a 1,3% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial em paridade do poder de compra (PPC), modo de calcular o PIB que tenta eliminar a diferença do custo de vida entre as nações. As perdas com a corrupção representam cerca de 2% do PIB global, 0,7 ponto percentual a mais que o gasto com a Educação para crianças e adolescentes. Anualmente, somente os países em desenvolvimento perdem entre US$ 20 bilhões e US$ 40 bilhões em ações de corrupção, o que pode chegar a 40% dos gastos oficiais com assistência social. Negociações como sonegação e corrupção podem custar até US$ 1,6 trilhão a cada ano em todo o mundo. Apenas a África, segundo a União Africana, perde US$ 148 bilhões anualmente – equivalentes a 25% do PIB do continente – por culpa de desvios ilegais de recursos. O ônus da prática da corrupção é avaliado pelo Banco Mundial com base em dados econômicos de mais de 200 países, sobretudo do dinheiro desviado em esquemas de superfaturamento de projetos e pagamento de propinas a servidores públicos. As aplicações em Educação primária, que equivale, no Brasil, ao ensino fundamental, por sua vez, foram apresentadas, no fim de 2007, no relatório Educação para todos, da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Os custos dizem respeito, entre outros, à construção e manutenção de Escolas, aos salários dos professores, aos materiais de aprendizagem e às bolsas de estudo. O cientista político e professor de teoria da corrupção da Universidade de Brasília Ricardo Caldas aponta que a Educação é uma das formas de combate à corrupção. “O nível de Educação é uma condição necessária em ações contra o problema. No Brasil, o nível de Educação poderia trazer, mas não necessariamente, cultura política”, ressalta. Para ele, o índice médio de crianças entre cinco e 14 anos em sala de aula (97%) pode ser considerado um avanço em relação a décadas passadas, mas pondera que a situação ainda não é a ideal. Tatiana Filgueiras, do Instituto Ayrton Senna (IAS), acredita que a Educação é duplamente uma ferramenta de combate à corrupção, pois promove uma dupla condição: o fortalecimento das pessoas, importante para a efetividade do controle social, e das instituições, imprescindível à instauração de cadeias de prestação de serviço mais éticas, eficientes e transparentes com sistemas de responsabilização. Vê-se que combater a corrupção sem melhorar os níveis educacionais do país é uma tarefa inglória, um verdadeiro enxugar gelo. Não há, portanto, outro caminho a seguir que não o da Educação, como forma de separar o joio do trigo. (Estado de Minas-MG)
João Carlos Paes Mendonça é Cidadão de Salvador

terça-feira, 16 de setembro de 2008
"Turbulência vai continuar"

MLT invade propriedade da Veracel na BA

Todos Pela Educação entrevista: Célio da Cunha, assessor especial da Unesco
Professor deve estar no centro das políticas públicas para melhorar o aprendizado, diz especialista.
Célio da Cunha, assessor especial da Unesco, acredita que a criação do piso salarial foi um grande passo. Ele defende a ampliação dos investimentos em Educação no Brasil a curto prazo, como por exemplo, com o fim da DRU. Em entrevista ao movimento Todos Pela Educação o professor Célio da Cunha, assessor especial da Unesco no Brasil, defende a valorização do professor e ampliação dos investimentos para melhorar a qualidade do ensino no País. O especialista em Educação acredita que o aprendizado não se restringe apenas aos conteúdos curriculares, mas também à formação do cidadão. Durante a conversa, Célio falou de questões como o sistema de avaliação, repetência e progressão continuada, entre outros. Leia a entrevista:
Celio Cunha, assessor especial da Unesco

Célio da Cunha: O grande desafio da Educação brasileira é, sem dúvida, a questão da aprendizagem. E para vencê-lo, acredito que é necessário colocar o professor no centro das políticas públicas. É preciso investir na formação inicial e continuada e principalmente na valorização da carreira, para que o professor possa se realizar profissionalmente, com auto-estima, convicto da sua missão. Acho que temos que cumprir duas metas. A primeira é garantir que todas as crianças e jovens tenham condições de aprender, isso significa garantir transporte, assistência à saúde... A segunda é garantir que todos os professores e escolas tenham condições de ensinar. Porque se o aluno enfrenta dificuldades, tanto o professor quanto a escola devem saber lidar com essa situação e procurar todos os recursos pedagógicos disponíveis para garantir que o aluno efetivamente aprenda.
TPE: Os indicadores educacionais revelam que os níveis de aprendizado no Brasil estão muito distantes do ideal. Alguns especialistas apontam como uma das causas da má qualidade do ensino a progressão continuada. Por outro lado, a reprovação é fator de desestímulo e em muitos casos responsável pela evasão ou abandono escolar. Há alternativas para estes modelos?
CC: É preciso ter ética e responsabilidade com relação ao direito da criança à qualidade do ensino. Por isso tem que haver uma aprovação honesta. É antiético aprovar uma criança que não aprendeu, assim como é antiético reprovar. A escola e os professores devem identificar quais são as dificuldades e prover os recursos pedagógicos necessários. Quanto melhor é a qualidade da escola, menor é o índice de evasão e reprovação. Um outro ponto essencial é a necessidade de construir um ambiente escolar que seja um lugar onde o aluno se sinta bem.
TPE: Muitos estados e municípios alegam que a falta de recursos pode inviabilizar a efetivação do piso e a ampliação das horas destinadas às atividades extra-classe. Como o senhor avalia esta situação?
CC: A criação do piso é um fato histórico, resultado dos esforços de vários setores. É um importante passo e uma grande oportunidade para a efetivação das políticas públicas educacionais. Por isso agora é preciso reunir esforços para viabilizar o piso, se é uma proposta federal, então a união, estados e municípios devem se unir para resolver os problemas que vão surgindo. A ampliação das horas destinadas às atividades extras-classes pode impactar a qualidade do ensino se elas forem utilizadas de forma bem planejada pela escola, com a integração entre os professores e os coordenadores pedagógicos, sempre com o apoio das secretarias de Educação.
TPE: Qual é a opinião do senhor sobre o investimento em Educação no Brasil?
CC: É preciso ampliar os investimentos em Educação a curto prazo, como por exemplo, o fim da DRU - Desvinculação dos Recursos da União, que pode contribuir para aumentar os recursos. No Brasil os investimentos ainda estão muito aquém e, atualmente, investe 4% do PIB em Educação, mas o Chile já destina 7%.
TPE: O Sistema de Avaliação da Educação Básica foi desenvolvido no final da década de 80 e aplicado pela primeira vez em 1990. Além do Ministério da Educação, diversas redes municipais e estaduais criaram seus sistemas de avaliação educacional. Como são utilizados os resultados das avaliações de ensino?
CC: Antes as avaliações eram feitas, mas as escolas não tinham conhecimento dos seus resultados. Hoje elas já têm. E com isso elas podem rever seu projeto pedagógico e garantir o aprendizado dos alunos, não apenas o aprendizado cognitivo, como por exemplo, cálculos, escrita, leitura, etc... Mas também uma formação para o exercício da cidadania. A escola constrói cidadãos quando ela mesma dá o exemplo, seja com a organização, com respeito aos cronogramas e aos horários, otimizando o tempo ao máximo, etc.
TPE: Em sua opinião, o conteúdo ensinado nas escolas condiz com a realidade dos alunos?
CC: Os conteúdos precisam ser constantemente atualizados para acompanhar as mudanças que estão ocorrendo. É preciso acompanhar as novas tecnologias e nesse sentido parece ser uma boa iniciativa esse programa de inclusão digital que o governo vem desenvolvendo nas escolas. O conteúdo ensinado deve fazer sentido para a vida dos alunos, caso contrário ele promove o desinteresse pela escola. Esse é um grande desafio do Ensino Médio. Até mesmo o vestibular e as universidades precisam vincular o conteúdo cobrado ao cotidiano, ao dia a dia.
TPE: Como a sociedade pode cobrar para que os alunos tenham garantido o seu direito à qualidade do ensino e aprendam efetivamente?
CC: Colocar a Educação como tema central é essencial e, para isso, precisamos de uma imprensa mais ativa, uma divulgação científica mais forte, promover a inclusão digital para ampliar o acesso ao conhecimento. Tudo isso para que a população participe do debate e cobre os futuros prefeitos a continuar, melhorar e fortalecer as políticas educacionais. E, principalmente, garantir que os municípios apliquem não só os 25% da receita resultante de impostos na Educação, mas invistam o que for necessário para garantir a qualidade do ensino. A criação de uma lei de responsabilidade educacional, defendida pelo movimento Todos Pela Educação, pode contribuir com este processo, sobretudo por dar mais clareza à gestão dos recursos.
TPE: Como a sociedade pode cobrar para que os alunos tenham garantido o seu direito à qualidade do ensino e aprendam efetivamente?
CC: Colocar a Educação como tema central é essencial e, para isso, precisamos de uma imprensa mais ativa, uma divulgação científica mais forte, promover a inclusão digital para ampliar o acesso ao conhecimento. Tudo isso para que a população participe do debate e cobre os futuros prefeitos a continuar, melhorar e fortalecer as políticas educacionais. E, principalmente, garantir que os municípios apliquem não só os 25% da receita resultante de impostos na Educação, mas invistam o que for necessário para garantir a qualidade do ensino. A criação de uma lei de responsabilidade educacional, defendida pelo movimento Todos Pela Educação, pode contribuir com este processo, sobretudo por dar mais clareza à gestão dos recursos.
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
IBOPE mostra ACM Neto na liderança

IBOPE: a briga pelo 2º lugar
A 3ª pesquisa Ibope à prefeitura de Salvador, encomendada pela TV Bahia, será divulgada esta noite no programa BA TV. Especulações de bastidores afirmam que o candidato ACM Neto (DEM) seguiria à frente com 26%, e o segundo lugar teria três prefeituráveis embolados: Antônio Imbassahy (PSDB), 18%, Walter Pinheiro (PT), 16%, e João Henrique (PMDB), 14%. (Bahia Notícias)
Nova pesquisa revela resultados de Salvador
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EcoD: intervenções pela cidade de São Paulo
Betty Prado, os irmãos Campana e o grupo Bijari iniciam, amanhã (15/set), divertidas intervenções pela cidade. A idéia é chamar a atenção da população para a sustentabilidade. Entre outras, vão espalhar mais de 75 joões-bobos de plástico, por locais como o Anhangabaú e a Avenida Paulista. Cada um com uma frase diferente sobre o tema. (Direto da Fonte)
Informatização & Inovação nos tribunais
Justiça informatizada só daqui a 10 anos, admite CNJ.
A realidade nos protocolos dos tribunais brasileiros faz lembrar ainda hoje o setor de carga e descarga de um supermercado. Quase dois anos depois de entrar em vigor a lei de informatização dos processos judiciais, as pilhas de papéis de petições, inquéritos e ações continuam a chegar aos tribunais em caminhões e carros dos Correios, como antigamente. Até hoje, nenhum Estado brasileiro, mesmo os mais ricos, está perto de completar a informatização dos processos. E pelos cálculos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), mais dez anos serão necessários até tornar eletrônicos todos os processos. Dados divulgados pelo conselho no ano passado mostram que 70% do tempo gasto na tramitação de um processo é despendido em atos gerados pela burocracia do papel, como a expedição de certidões, protocolos, registros ou o ato antiquado de carimbar os processos. Além disso, geram um custo milionário, que seria suplantado pelos computadores. Um processo de papel de 20 folhas custa em torno de R$ 20. Se 20 milhões de processos chegam a cada ano ao Judiciário, o custo material é de R$ 400 milhões. O primeiro passo é suprir os tribunais estaduais, especialmente do Norte e do Nordeste, de computadores e programas que permitam a tramitação informatizada dos processos. O atraso de alguns é tanto que no ano passado o CNJ gastou R$ 76 milhões para compra de equipamentos. Além da escassez de computadores e programas, outro problema atravanca a modernização da Justiça. "Existe uma questão cultural. Juízes, procuradores e as partes se assustam com um processo que não esteja em papel", afirmou Antônio Umberto juiz que que integra o CNJ. O receio é que os processos sejam alterados ou sumam no espaço virtual. "As pessoas não percebem que o processo eletrônico é mais seguro", disse. "Elas têm que perceber que esse é um processo irreversível. "O CNJ também procura viabilizar que os diferentes programas desenvolvidos nos tribunais de cada Estado sejam compatíveis. Só então o conselho vê chances de implementar em definitivo os processos integralmente informatizados. (O Estado de São Paulo)
Coelhos na agenda

Alan Greenspan diz que outras grandes instituições vão falir

Empresas aumentam bônus para reter os funcionários
As empresas estão pagando mais bônus, comissões e participações nos lucros aos seus funcionários. Segundo pesquisa da Sextante, o rendimento variável pago pelas companhias passou de 15,3% do salário em 1999 para 26,7% em 2007. Rugenia Maria Pomi, diretora-executiva da Sextante Brasil, afirma que cresce a competição pelos melhores profissionais. "De 2002 a 2007, nas empresas de siderurgia, por exemplo, aumentaram em 200% os pedidos de demissão dos especialistas." No período, os pedidos cresceram 115% para todos os setores. Se quizer saber mais acesse o site do jornal Folha de São Paulo. (Folha)
Roupas com listras verticais "engordam". Será?
domingo, 14 de setembro de 2008
Executivos nos EUA pesquisam os candidatos nas redes sociais
Essa, eu li do Blue Bus: 22% dos executivos americanos encarregados de contratar pessoal usam os sites de rede social para fazer pesquisas sobre os candidatos. Há 2 anos, esse percentual era de 11%. E 34% desses executivos dizem que descartam candidatos com base no que descobriram na internet. As informaçoes sao de uma pesquisa do site de empregos CareerBuilder.com (Noticia da Reuters)
ABIN
A revelação de que havia 52 agentes da Abin na Operação Satiagraha selou a decisão do presidente Lula de retirar definitivamente o delegado Paulo Lacerda do comando da agência. (Migalhas)
Ferindo o direito
Conversas Com Meu Jardineiro

Confesso que imaginei assistir este filme sozinha, pois, não é um dos programas favoritos de Rogério. De toda forma, na hora que coloquei o DVD pra girar perguntei a ele se queria assistir, e dei as informações de modo que pudesse atraí-lo. “É um filme que conta a história de um pintor bem sucedido e se passa na França, na região de Bordeaux”. Com esse apelo, não tive dúvida, ele viria assistir!
Foi um filme inesquecível e sei que ele sempre vai se lembrar. De cara ele reconheceu o Daniel Auteuil de outro filme que havíamos assitido – “Meu Melhor Amigo” – conta a história de um comerciante de antiguidades, que se dedica intensamente ao trabalho, e no dia de seu aniversário sua sócia, Catherine (Julie Gayet), lhe diz que ele não possui amigos...
Enfim, é outra história, da qual gostamos muito e antes de assistir ao filme fizemos uma combinação: Quando acabar o filme, cada um de nós telefonaria para o seu melhor amigo, e Rogério não teve dúvidas, ligou pra Joca Góes...rs! Quase que eu perco o fio da meada.
Conversas Com Meu Jardineiro, é uma história delicada e comovente que trata do reencontro de dois ex-colegas de colégio. O pintor bem sucedido, “Dupinceau” (Daniel Auteuil) que deixa Paris para retornar à pequena cidade onde nasceu, há mais de 50 anos, e o jardineiro, “Dujardin” (Jean-Oierre Darroussin), que o pintor não via há décadas. Imediatamente uma grande amizade e confiança nasce entre os dois, recheada pelas diferenças experimentadas na vida de cada um. O mais interessante é compreender como é a relação de amizade e valores de dois colegas de infância depois de 50 anos. A gente pode perceber nitidamente a diferença entre eles a partir de sua formação. Um estudou, e adquiriu hábitos civilizados próprios do seu contexto de vida; e o outro permaneceu em uma pequena cidade, não teve acesso à uma faculdade; mas tornou-se um mestre na atividade que ele mais gostava de fazer – a jardinagem. Ele procura o prazer nas coisas simples da vida: a família, os amigos, plantar e pescar. O outro, tem valores diferentes e sente que suas relações são mais complexas. A partir daí, começa a acontecer uma valiosa troca entre eles, que de forma espontânea vai mudar a vida dos dois.
Eleições 2010

FHC cético. FHC tem dito aos mais próximos que não considera definitiva a candidatura de Dilma Rousseff à Presidência. Para FHC, a ministra ainda é apenas uma aposta de Lula.
Uma penca de vices. Cresce visivelmente a lista de possíveis candidatos do PMDB a vice-presidente numa chapa com Dilma Rousseff. No partido, discutem-se os nomes de Sérgio Cabral, Geddel Vieira Lima, Edison Lobão e até Garibaldi Alves. Por enquanto. (Veja)
Uma penca de vices. Cresce visivelmente a lista de possíveis candidatos do PMDB a vice-presidente numa chapa com Dilma Rousseff. No partido, discutem-se os nomes de Sérgio Cabral, Geddel Vieira Lima, Edison Lobão e até Garibaldi Alves. Por enquanto. (Veja)
Sintep comemora aprovação de PL que reconhece funcionários da Educação
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Gilmar Soares Ferreira, classifica a aprovação da emenda da Câmara dos Deputados ao Projeto de Lei do Senado 507/03 pela Comissão de Educação como uma conquista histórica. (O Documento-MS)
Aprovado reajuste de 8% para servidores da educação e segurança do Rio

MEC: diretores de escolas farão curso em gestão
Diretores de escolas públicas de 122 municípios têm este ano a oportunidade de fazer um curso de aperfeiçoamento em gestão, em atendimento ao pedido encaminhado ao Ministério da Educação nos planos de ações articuladas (PAR), de acordo com informações do Ministério da Educação. (Terra Educação)
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