domingo, 14 de setembro de 2008

Conversas Com Meu Jardineiro

Pra curtir um fim de semana bem tranqüilo fui buscar indicação de filmes do meu amigo e estudante de publicidade, Leo, da Blockbuster. Entre as sugestões, Conversas Com Meu Jardineiro.
Confesso que imaginei assistir este filme sozinha, pois, não é um dos programas favoritos de Rogério. De toda forma, na hora que coloquei o DVD pra girar perguntei a ele se queria assistir, e dei as informações de modo que pudesse atraí-lo. “É um filme que conta a história de um pintor bem sucedido e se passa na França, na região de Bordeaux”. Com esse apelo, não tive dúvida, ele viria assistir!
Foi um filme inesquecível e sei que ele sempre vai se lembrar. De cara ele reconheceu o Daniel Auteuil de outro filme que havíamos assitido – “Meu Melhor Amigo” – conta a história de um comerciante de antiguidades, que se dedica intensamente ao trabalho, e no dia de seu aniversário sua sócia, Catherine (Julie Gayet), lhe diz que ele não possui amigos...
Enfim, é outra história, da qual gostamos muito e antes de assistir ao filme fizemos uma combinação: Quando acabar o filme, cada um de nós telefonaria para o seu melhor amigo, e Rogério não teve dúvidas, ligou pra Joca Góes...rs! Quase que eu perco o fio da meada.

Conversas Com Meu Jardineiro, é uma história delicada e comovente que trata do reencontro de dois ex-colegas de colégio. O pintor bem sucedido, “Dupinceau” (Daniel Auteuil) que deixa Paris para retornar à pequena cidade onde nasceu, há mais de 50 anos, e o jardineiro, “Dujardin” (Jean-Oierre Darroussin), que o pintor não via há décadas. Imediatamente uma grande amizade e confiança nasce entre os dois, recheada pelas diferenças experimentadas na vida de cada um. O mais interessante é compreender como é a relação de amizade e valores de dois colegas de infância depois de 50 anos. A gente pode perceber nitidamente a diferença entre eles a partir de sua formação. Um estudou, e adquiriu hábitos civilizados próprios do seu contexto de vida; e o outro permaneceu em uma pequena cidade, não teve acesso à uma faculdade; mas tornou-se um mestre na atividade que ele mais gostava de fazer – a jardinagem. Ele procura o prazer nas coisas simples da vida: a família, os amigos, plantar e pescar. O outro, tem valores diferentes e sente que suas relações são mais complexas. A partir daí, começa a acontecer uma valiosa troca entre eles, que de forma espontânea vai mudar a vida dos dois.

Um comentário:

Malu disse...

Adorei o texto, concordo em gênero, número e grau sobre "amizades depois dos 50" e fiquei curiosa...Rogério ligou para Joca e você ligou para quem Inês? Como Joca, imagino que seu (ou sua) eleita também ficará orgulhosa...ou você teve o mesmo problema que eu teria...uma super dificuldade em eleger um nome entre Gaças a Deus VÁRIOS super amigos??
Bjs
ML