quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Magno Martins entrevista Fernando Bezerra Coelho, secretário de Desenvolvimento Econômico

O jornalista Magno Martins conta que foi cobrir a solenidade no Palácio das Princesas na qual os governadores de São Paulo, José Serra (PSDB), e de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), assinaram convênio na área fiscal e lá encontrou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Fernando Bezerra Coelho. Aproveitou para tirar dúvidas em relação às eleições de Petrolina, onde o candidato do PSB, Gonzaga Patriota, foi ultrapassado nas pesquisas pelo peemedebista Júlio Lóssio. Veja o diálogo, transcrito na íntegra:
Secretário, o senhor não vai mesmo se envolver na campanha de Patriota em Petrolina?
Patriota não quis o nosso apoio. Em nenhum momento, meu grupo foi consultado sobre a sua campanha, o seu guia eleitoral, programa de governo e estratégia política. Ele assumiu de forma soberana a campanha quando estava na liderança e achava que, sozinho, sem o nosso apoio, seria eleito. Fiz o gesto de ir ao lançamento da sua candidatura e no dia seguinte ele foi a uma emissora de rádio dizer que não havia me convidado e que eu teria ido a convite do governador Eduardo Campos.
Isso não se faz! Patriota desaprendeu a fazer política?
Isso é uma dedução sua. O que posso afirmar é que, quando fui candidato a prefeito conjuguei o verbo somar e fui buscar o apoio de lideranças que antes não estavam comigo, como é o caso de Geraldo Coelho. Ninguém ganha uma eleição sozinho. A vitória é produto de um somatório.
O senhor não vai sequer gravar o guia?
Nós – meu filho Fernando e eu – nunca fomos convidados para nada. Como deputado e aliado, Fernando Filho se ofereceu para gravar e nunca o procuraram. Se nós não servimos para contribuir com o conjunto da campanha, por que serviremos apenas para gravar o guia?
Por que Patriota despencou?
Porque subestimou o adversário, não nos procurou para uma conversa mais ampla sobre a sua campanha e achava como já disse, que sozinho, ganharia a eleição. Ele apostou tudo na força de Lula e como o presidente não apareceu por lá, vem agora, de última hora, querer nos prestigiar. Não é por aí. Os erros de uma campanha não se corrigem da noite para o dia.
Ele está perdido?
Você vive política e conhece a geografia eleitoral do Estado. Não me cabe concluir sobre isso. A leitura é sua. (Luiz Eduardo Coelho me enviou a entrevista)

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