segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Crise: "Temos que lembrar como chegamos a isso. Não tanto para atribuir culpa, mas para entender as escolhas que o próximo presidente vai enfrentar."

Após um acordo preliminar, os legisladores norte-americanos se preparavam para votar na segunda-feira o pacote de resgate a Wall Street de 700 bilhões de dólares para comprar papéis podres e estancar a crise financeira do país, enquanto a Europa corria para salvar três bancos em dificuldades. Com os mercados globais acompanhando cada movimento em Washington, um senador republicano disse que o pacote pode ser votado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado na segunda-feira. Enquanto isso, a crise aterrissou no outro lado do Atlântico e o banco belga-holandês Fortis e a concessora de hipotecas britânica Bradford & Bingley viram a nacionalização. O presidente dos EUA, George W. Bush, disse em comunicado no domingo que o pacote fornece as ferramentas e os recursos para proteger a economia do país de uma quebra geral. Ele expressou confiança de que o plano será aprovado rapidamente. "O pacote é apenas um band-aid sobre um problema muito grande. Vai ajudar Wall Street no curtíssimo prazo, mas não ajudará a economia real. A economia dos EUA enfrenta desafios em muitas frentes", disse Kathy Lien, diretora de pesquisa cambial do GFT Forex em Nova York. A presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, a democrata Nancy Pelosi, disse que o pacote não é apenas um "resgate de Wall Street", mas também uma forma de proteger os contribuintes e a economia. Ela enfatizou que o plano precisa de apoio dos dois partidos do país.
O democrata Barack Obama disse que provavelmente apoiará o pacote. "Minha inclinação é apoiá-lo", disse ele no programa "Face the Nation" da CBS. "Temos que lembrar como chegamos a isso. Não tanto para atribuir culpa, mas para entender as escolhas que o próximo presidente vai enfrentar." (Reuters)

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