sábado, 8 de novembro de 2008

Emprego só cresce para quem estudou

Os empregos no Brasil são cada vez em menor número para pessoas com baixa Escolaridade. Os dados de 2007 da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho, mostram que as vagas crescem no País para quem tem ensino médio ou superior completo. No ano passado, o emprego, que cresceu 7% em geral no País, caiu para quem é analfabeto ou tem apenas até a 4ª série do ensino fundamental. Entre os analfabetos, o número de empregos, que já é baixo, caiu 1,13%. Entre aqueles com 4ª série primária, quase 2%, o que significou 42,8 mil vagas a menos. Pessoas que não completaram os oito anos do ensino fundamental também têm mais dificuldades: apesar de ter havido crescimento, foi de apenas 1,23%. "As empresas vêm exigindo cada vez mais uma Escolaridade mais alta", disse o ministro do Trabalho, Carlos Lupi. Na faixa de cima da Escolaridade, aqueles com ensino médio ganharam 11,6% mais vagas, a maior faixa de crescimento, mais de 60% acima da média nacional. Empregos que exigem curso superior foram a segunda maior alta, 10,75%. Já o curso superior incompleto emprega menos que o ensino médio. A explicação pode estar no fato da pessoa ser mais qualificada para vagas de Escolaridade mais baixa, mas insuficiente para uma de ensino superior. No total, o País criou, em 2007, 2,452 milhões de postos de trabalho formais, um crescimento de 6,98% ante 2006. De acordo com o Ministério do Trabalho, essa é a maior taxa de expansão desde 1986. Do total de novos empregos, 378 mil foram públicos e o restante, contratos celetistas. Lupi comemorou o crescimento dos empregos formais no país. Disse que a crise econômica pode influenciar, mas ele não acredita que o impacto será muito grande porque o Brasil tem um mercado consumidor maior que o da Europa O setor que apresentou maior crescimento foi a construção civil, com 16,11%. Mas houve crescimento em todos os outros setores e o de serviços ainda concentra a maior parte. Em números absolutos, a área de serviços criou mais 706 mil vagas em 2007. (O Estado de São Paulo)

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