quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Cuidado com a reforma

1. O governo voltou a acenar com a possibilidade de aprovar, até o primeiro semestre do ano que vem, a encantada e sempre louvada reforma política. A nova proposta sairá da fábrica de projetos do ministério da Justiça. Vem ambiciosa. Aos poucos será desidratada e poderá conter no final apenas a criação do financiamento público de campanha e um atalho para contornar a fidelidade partidária. E alguma modificação na sucessão presidencial: fim da reeleição, mandato de cinco anos e coisas tais, piores. Não há risco de melhorar.
2. Devemos ao repórter Ribamar de Oliveira, do "Estadão", a revelação de que o substitutivo do deputado Sandro Mabel ao projeto de reforma tributária em tramitação no Congresso, influenciado diretamente por Palocci, embute a possibilidade de o governo criar dois novos impostos para financiar "programas sociais": um sobre movimentações financeiras e outro sobre grandes fortunas. Ambos por lei complementar. Ao mesmo tempo, os líderes governistas começaram a se movimentar esta semana para votar em segundo turno na Câmara a CSS, idealizada para substituir a extinta CPMF. Não há risco de melhorar. (Migalhas)

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