sexta-feira, 5 de setembro de 2008

VidaBoadaBahia: Boa Arte, Bossa Nova, João Gilberto no TCA

Roqueiro de formação, Tony Bellotto, colunista da VEJA, conta que voltou do show de João Gilberto, no Rio de Janeiro, "como se chegasse de um show dos Rolling Stones ou de qualquer outra grande banda de rock’n roll. Embevecido, inebriado, satisfeito com o que só a boa arte pode proporcionar: a sensação de que vivi tudo naqueles momentos fugazes do show. Alegria, tristeza, riso, choro, vida, morte. E não foi só pela música sublime apresentada por João. Nem por seu violão - motor de uma revolução musical -, ou voz -, que inventou uma nova maneira de cantar. Mas pela metáfora que João Gilberto concebeu ali, no palco do Teatro Municipal carioca. Metáfora, pois o show significou um ato de resistência. Logo o João Gilberto, tão apolítico. Explico: todos sabemos que o Rio é hoje uma cidade fraturada, agredida e desmoralizada. Em suas interpretações quase silenciosas de grandes canções – dava para ouvir a respiração da platéia enquanto ele cantava; tosses, pigarros e espirros transformavam-se em verdadeiros atentados sonoros – ele parecia querer dizer que uma mudança ainda é possível. Como se aquele silêncio e sutileza se impusessem aos tiros, aos gritos e à canalhice generalizada."

A minha expectativa é apenas assistir ao show de João Gilberto, hoje, no TCA, e curtir a Boa Arte do melhor do Brasil !
(quem não tem competência não se estabelece)

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