Nos conheçemos na adolescência. A amizade foi construída no meio da família entre nossos pais, tios e primos. Foi assim, que durante a juventude, os irmãos Bel e Lula Silva estavam sempre presentes no mesmo ambiente que nós. Estudávamos no Colégio Maristas; Bel era colega de Fernando meu primo, e Lula colega de Clementino. Naquela época, nós, primos da família Coelho - éramos como irmãos, e sempre que havia uma celebração familiar, juntávamos nossos grupos de amigos para celebrar em Salvador ou Petrolina.
A casa da Quinta do Lago é repleta de referências portuguesas e entre azulejos, porcelana, livros e boa conversa organizamos nossos dias. Ficamos hospedados na suíte nº 1 e pudemos sentir na pele os cuidados que Celinha dispensou à nossa temporada. Cama, lençol, sabonete e toalha de banho como nos Relais & Châteaux!
Logo cedo, era servido o mingau de tapioca, iguaria deliciosa temperada com uma pitada de canela. Depois o café da manhã... i-men-so como é tradicional nas famílias nordestinas. Depois é que saíamos para o “cooper”- ponto de encontro na Praça Célia Silva, segundo Bel nos contou, a placa é uma brincadeira do amigo Ewerton Visco.
Durante a caminhada pelo campo, foi muito gostoso exercitar um conjunto de saberes próprios da vida rural, e neste momento foram aflorando conhecimentos sobre botânica, agricultura, geografia, história, poesia, etc. Olha que lindo o pé de bouganville.
Boa parte de nós desconhece não apenas nossa história, mas também os elementos e os lugares que fizeram parte dela. Foi assim que no 1º dia que saímos para fazer o “cooper” Celinha nos levou a conhecer a casa do nosso maior poeta: Castro Alves – o poeta dos escravos. Uma construção que fica dentro do Parque Histórico Castro Alves na pequena cidade de Cabaceiras do Paraguaçu.
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