sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Preços de imóveis também vão desacelerar, dizem especialistas

Os economistas costumam dizer que em momentos de muitas incertezas a melhor decisão é não tomar nenhuma decisão. A julgar por um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o conselho foi bem recebido por grande parte dos consumidores. O levantamento mostra que 34% dos entrevistados em setembro optaram ao menos por adiar seus planos de aquisição de bens duráveis, como veículos ou imóveis. O posicionamento reflete a insegurança gerada pela crise financeira e deve ajudar a colocar um freio no forte movimento de valorização de casas e apartamentos verificado nos últimos anos, afirmam os especialistas. (...) "Além disso, as instituições estão mais rigorosas na concessão de crédito", ressalta Mirisola. Em São Paulo, os números já apontam desaquecimento na demanda. Um estudo realizado pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci-SP) junto a 1.538 imobiliárias de 37 cidades do estado mostra que as vendas de imóveis caíram 8,55% em agosto. Na capital e no litoral o recuo foi mais acentuado: 19,18% e 34,94%, respectivamente. Se por um lado o mercado imobiliário sofre com o encarecimento do crédito, por outro, ganha com a volatilidade da Bolsa. No segmento de imóveis comerciais, geralmente preferido pelos investidores por proporcionar retornos mais atraentes, não houve e não deve haver queda na demanda, afirma o diretor de Vendas da consultoria Jones Lang LaSalle, André Rosa. "Existem pouquíssimos imóveis comerciais à venda e em alguns casos há até investidores aguardando oportunidades", diz. (Portal Exame)

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