segunda-feira, 27 de outubro de 2008

EDUCAÇÃO: Baixa qualificação da mão-de-obra é um entrave à competitividade das empresas

Para calcular o despreparo da juventude, o BID considerou o percentual de jovens de 18 e 19 anos que não concluíram o ensino fundamental e o desempenho dos alunos na prova de leitura do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), aplicada pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico. O estudo projetou o percentual de alunos brasileiros com fraco desempenho no Pisa (50%) para todos os estudantes. O gerente de Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria, Renato da Fonseca, disse que baixa qualificação da mão-de-obra no Brasil é um entrave à maior competitividade das empresas: - É um problema crucial. A Ásia primeiro fez o dever de casa e educou a população toda. Aqui os jovens chegam sem base, sem saber ler e interpretar um texto. Em qualquer área, a inovação depende da capacidade de os empregados absorverem novidades. O diretor de Estudos Sociais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Jorge Abrahão, diz que a expansão das matrículas a partir de 1990 não foi acompanhada de maiores investimentos - o Brasil aplica cerca de 4% do PIB na Educação, mas o MEC diz que é preciso aumentar para 6%. - Logicamente a Educação não é das melhores - disse. Pesquisa feita pelo Instituto Gallup entre 2005 e 2007 mostra que 64% dos brasileiros estão satisfeitos com o sistema de Educação. A Costa Rica atingiu 85% de satisfação, seguida pela Venezuela (84%) e Nicarágua (80%). O economista responsável pelo estudo, Juan Navarro, diz que o grau de satisfação tende a cair: - À medida que as pessoas têm maior Escolaridade, começam a fazer mais críticas. Em poucos anos, haverá muitas críticas. (O Globo)

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