Meus pais: José Coelho e Livia Cléa Viana Coelho
Das informações que trocamos, muita coisa eu sabia por que prestava atenção às coisas que Papai falava. Por muitos anos, a gente também acompanhava o mercado de algodão, via “telex”. Ele gostava de fazer as contas do frete da mercadoria antes do almoço, enquanto servia uma lata de sardinha portuguesa com pão fresquinho que trazia pra casa. Quando Mamãe se sentava à mesa ele dizia: “Cléa, meu bem, leia o telex”. E aí, ele pegava um papelzinho que tinha sempre no bolso da camisa branca (ele trabalhava de paletó e gravata, usava terno branco de tecido SS 120) e fazia os cálculos do FRETE... Frete ferroviário! Nessa época, o escoamento da produção do Vale do São Francisco, entre Petrolina e Juazeiro, era feito pelos vagões da Leste Brasileiro. Durante muitos anos minha família comercializou o algodão. Inicialmente os fardos de algodão eram beneficiados e pesados para venda. Depois passou a fabricar óleo do caroço de algodão – o famoso Óleo Caiano, de grande valor nutricional para nossa alimentação. Finalmente o grupo industrial construiu 2 fábricas que produziam fio de algodão e tecido de pano de vela – uma em Petrolina e a outra no KM 7 da Transamazônica. Esta, foi um grande desafio! Viajamos muito com nosso Pai, de carro e de avião, por todo o Brasil. Ele ia a trabalho e nos levava nas férias escolares para conhecer o Vale do Itajaí - Blumenau e Joinvile, Porto Alegre, Novo Hamburgo, Curitiba, Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, etc. Ele adorava viajar levando a gente e tinha o maior orgulho de nos apresentar aos amigos, clientes e fornecedores. Papai era um homem muito alegre e todo esse convívio era recheado de ensinamento e música. Assim fomos educados, para a vida e pelo trabalho.
Um comentário:
Inês , olha eu aqui de novo. Vc sabe que eu casei, não é?? Pois bem , a família do meu marido, os pais dele, são grandes amigos do Pepe. Foi por causa delel que meu marido foi morar na espanha , e etc... Minha cunhada esta construindo em Trancoso, e o Pepe que viu toda papelada . Que mundo pequeno. nunca podia imaginar a grande amizade de vcs...
bjs
Carola
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