sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Dois milhões de estudantes analfabetos

Embora a Escolarização dos 40% mais pobres tenha avançado, mais de 2 milhões de estudantes brasileiros com até 14 anos eram analfabetos no ano passado. É o que mostra a Síntese de Indicadores Sociais 2007, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Baseada na última edição da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), publicada na semana passada, a análise também mostra que houve uma explosão no número de casais com renda em ambas as partes e sem filhos, chamados Dinc (de Double Income and No Children, ou duplo rendimento e nenhum filho), e uma ligeira tendência na redução da distância entre pobres e ricos no País. No caso do analfabetismo, porém, na comparação com Rússia, Índia, China e África do Sul, integrantes do grupo Brics, a pesquisa não coloca o Brasil nos piores lugares. Em alguns ítens, o País aparece até em posição vantajosa ou próxima dos demais. Segundo o IBGE, os casais residentes no Brasil que não tinham filhos e que tinham fontes de renda independentes eram 2,4% do total de domicílios em 1997 e passaram para 3,4% no ano passado. Em números, a mudança é mais impressionante: 997 mil para 1,942 milhão no período, um aumento de 94,78%. Os pesquisadores do instituto constataram que a região onde os casais da categoria Dinc tinham maior peso proporcional era a Centro-Oeste, representando 4,27% do total. O Nordeste era o outro extremo, com apenas 2,99% dos casais. As maiores proporções de arranjos familiares nessa situação se concentraram nas faixas de 35 a 44 anos e acima de 45 anos (4,11%). Quando se levou em conta os 39 milhões de casais, os Dincs já eram 5% no ano passado ante 3,4% em 1997. (Tribuna da Imprensa-RJ)

Nenhum comentário: