quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Educação foi o fator que mais influenciou. Na saúde, a expectativa de vida ao nascer aumentou; comparações são vistas com cautela

Analisando item por item o IDH brasileiro do relatório do ano passado (2007) e o do deste ano (2008), o fator que mais contribuiu para a melhora do índice foi a Educação. As duas taxas que entram na conta, no entanto, tiveram comportamentos distintos. A taxa de alfabetização de adultos passou de 88,6% para 89,6%. O avanço de um ponto percentual aconteceu em parte porque a taxa divulgada no ano passado estava defasada, mas também devido a uma real melhora, ainda que pequena. Já a taxa bruta de matrícula (que relaciona o total de matrículas nos ensinos fundamental, médio e superior com a população em idade Escolar) teve leve queda de 87,5% para 87,3%. Na saúde, medida pela expectativa de vida, a esperança de vida ao nascer foi de 71,7 anos para 72. No caso da renda, medida pelo PIB per capita em dólares PPC (sigla que indica que foi levado em conta o poder de compra da moeda em cada país), o aumento foi de 8.402 para 8.949. A comparação de um ano com o outro, no entanto, deve sempre ser feita com cautela por causa das constantes revisões da ONU. Neste ano, por exemplo, houve uma atualização da base de dados para cálculo do PIB per capita, o que fez com que alguns países tivessem mudanças bruscas muito mais por causa da nova metodologia. O Equador, por exemplo, subiu 17 posições do relatório do ano passado para o deste ano. Já a Argentina caiu oito posições. Em ambos os casos, a principal explicação foi a nova metodologia. No Brasil, a alteração foi menos sensível e o país ficou em situação estável. As revisões da ONU afetam também indicadores já divulgados em relatórios anteriores. (Folha de São Paulo)

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