quarta-feira, 9 de julho de 2008

Ricos e emergentes não fixam metas climáticas

O G8, o clube dos sete países mais ricos do mundo e a Rússia, e o G5 (Brasil, China, Índia, África do Sul e México) chegam para a cúpula conjunta de hoje com posições bastante divergentes, quando não diretamente em confronto, como fica explícito nos comunicados finais que cada grupo emitiu separadamente ontem. No capítulo "mudança climática", que deveria ser o principal tema dos encontros de Hokkaido (Japão), o G8 terminou sua própria cúpula com a decisão de "compartilhar" com todos os países a meta de reduzir pelo menos em 50%, até 2050, as emissões dos gases que causam o aquecimento global. Já o G5 (Brasil, China, Índia, México e África do Sul) preferiu dizer que "não se deve responsabilizar os países em desenvolvimento pelo que é clara responsabilidade dos países desenvolvidos". Decodificando a embolada linguagem diplomática: ambas as partes reiteram as posições que trouxeram para Hokkaido. Resultado: o G8 terminou por jogar para o restante do planeta a responsabilidade de, "juntos", alcançar a meta, sem o que os Estados Unidos não se comprometem com ela. Como China e Índia, membros do G5, devolvem a bola para o campo dos países ricos, fica tudo como estava. (Folha)

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