No ano passado, a vencedora de Cannes foi a Campanha pela Real Beleza, na qual, pela internet, Dove convidava consumidores a se manifestarem contra o uso de imagens manipuladas e da beleza perfeita explorada por empresas de cosméticos. O resultado foram milhares de respostas de consumidores e também de internautas, inclusive o site da Campanha contra a Vida Real. Nele, um rapaz bonito é enfeado, e a manifestação dos consumidores é clara: "Ninguém quer ver gente feia nas propagandas"."Em apenas dois anos, houve uma evolução tremenda na comunicação das empresas", afirma Ezequiel Triviño, sócio da agência americana Wikreate.
Na 55ª edição do festival de Cannes, que começa hoje no balneário francês, não apenas essa mudança da comunicação empresarial deverá se acentuar como também a premiação deverá refletir a tendência. "Cada vez mais, a propaganda deixa de contar apenas uma história num filme de 30 segundos e envolve a comunicação em várias vertentes", diz Triviño. O Google faturou US$ 16,6 bilhões em 2007 com publicidade, enquanto o grupo Omnicom, o maior entre todos, teve receita de US$ 12,7 bilhões. WPP e Interpublic, outros dois grandes da área, faturaram US$ 12,4 bilhões e US$ 6,6 bilhões respectivamente."Quem olha os links patrocinados do Google lembra a comunicação da idade da pedra", diz Triviño. "Mas eles superaram as agências em menos de dez anos porque desintermediaram a comunicação, dando ferramentas de controle ao consumidor." (Folha)
Nenhum comentário:
Postar um comentário