segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Mudanças na EJA geram debates e preocupações

O parecer do Conselho Nacional de Educação que pode mudar para 18 anos a idade mínima de ingresso na Educação de Jovens e Adultos (EJA) gera polêmica entre a comunidade Escolar. Tema da audiência de ontem da Comissão de Educação da Câmara da Capital (Cece), a medida motivou abaixo-assinado de profissionais e instituições com essa modalidade de Ensino. E os integrantes da rede municipal buscarão ainda agendar reunião com o secretário de Educação Continuada, alfabetização e Diversidade do MEC, André Lázaro. O documento do CNE, que altera dos atuais 15 para 18 anos a idade de ingresso na EJA, aguarda análise do ministro da Educação, Fernando Haddad, que pode homologar ou não a proposta. O texto prevê que os sistemas de Ensino teriam até 2013 para desenvolver programas voltados à permanência dos jovens de 15 a 17 anos na Escola regular. E, a partir daí, a EJA seria só a maiores de 18 anos. Apenas na rede municipal com EJA em Porto Alegre são cerca de 2,5 mil alunos nessa faixa etária. Na prática, a medida excluirá jovens de 15 a 17 anos da Escola , avalia o diretor-geral da Associação dos Trabalhadores em Educação/PoA (Atempa), Flávio Helmann. Para ele, o ideal seriam políticas para que os jovens permaneçam na Escola regular, sem fechar portas como a EJA. A Cece buscará encontro com o titular da Secad. Segundo a presidente da Comissão, Sofia Cavedon, não se pode apenas proibir o ingresso na EJA. É preciso ver os motivos que afastaram esses jovens da Escola regular. Ela acredita que é preciso investir na qualidade da EJA, com aulas presenciais e professores qualificados. ALEXANDRE MENDEZ, que discutiu ontem o tema, promete retomar o assunto já no início de 2009. (Correio do Povo - RS)

Nenhum comentário: