Quando ACM estava vivo costumava comemorar seu aniversário com uma celebração religiosa no coração do Pelô - na Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, como aconteceu hoje. Emoção, clima de festa, sincretismo religioso, família, amigos, políticos, e o povo da Bahia. Na homilia, monsenhor Gaspar Sadoc, pároco da Igreja da Vitória e amigo pessoal de ACM, falou sobre a sua ausência - a mais presente de todas. Disse o que todos estavam sentindo: "Sinto Saudades. Não posso negar". Para ele, ACM ultrapassou os limites do tempo, e falou da elegância da alma - pelo desprendimento que ACM sempre demonstrou com o povo da Bahia - com ricos e pobres. A verdade é que ACM encarnava com originalidade o sentimento do povo baiano. Ele não precisava dizer nada, bastava olhar, dar um sorriso, piscar o olho, abraçar... Um turbilhão de emoção nas músicas: Tá caindo flor, Santo Antonio de J. Veloso, Um grito de fé, um canto bonito reúne as verdades que eu acredito, Preta, de Mariene De Castro e J. Veloso, conhecida como “Um abraço negro”. No final, a militância de ACM Neto tomou conta das ruas do Pelourinho, ao som de atabaques e tambores, e o democrata fez o trajeto da Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos até o Terreiro de Jesus. Uma chuva fina caía como um sinal de abundância, parecendo anunciar um tempo de boa colheita para o carlismo. Viva viva, meu santo!
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