O Censo Escolar 2006 encontrou 2.679 alunos com altas habilidades nas Escolas públicas e particulares, ou 0,005% dos 56 milhões de alunos matriculados do ensino fundamental ao superior. Há quem diga tratar-se de números subestimados. Só no meio estudantil eles seriam mais de 1,2 milhão, pelos critérios da Mensa, sociedade internacional que reúne os cérebros mais notáveis do mundo e segundo a qual 2% da população têm QI acima de 132. Apesar da pouca prática, o Brasil começa a esboçar políticas públicas para uma população tão inteligente quanto incompreendida. No Paraná, 11 salas de recursos para altas habilidades atendem 165 crianças prodígio em Escolas estaduais de Curitiba, Maringá, Campo Largo, Fazenda Rio Grande – entre elas, as atendidas pelo NAAH/S em Londrina. Na capital, a prefeitura atende 17 crianças numa dessas salas especiais na Escola municipal Papa João 23, no bairro Portão. Estas salas contam com especialistas em Educação especial e oferecem apoio pedagógico no período contrário ao que o aluno está matriculado, numa força-tarefa para que esses talentos não se percam na vala do descaso. De acordo com a presidente do Conselho Brasileiro para Superdotação, doutoranda em Educação com ênfase em altas habilidades, Susana Graciela Pérez Barrera Pérez, a confusão ao distinguir superdotado de hiperativo acontece porque ambos são muito agitados e terminam sendo igualmente rotulados como crianças-problema. Pesquisadores por excelência, rico em hipóteses, quase sempre confirmadas pela capacidade intuitiva, esses alunos colocam em xeque a autoridade do professor, muitas vezes iletrados no assunto e que, por isso mesmo, se mostram indiferentes ou hostis ao se depararem com crianças irrequietas e contestadoras. (Gazeta do Povo, PR)
terça-feira, 15 de julho de 2008
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