Conheci Zélia Gattai pela literatura de Jorge Amado, e depois pela sua própria quando ela lançou “Anarquistas Graças a Deus". Mas, a minha admiração e o meu carinho por ela e pela família vieram com a amizade de seu filho João Jorge e Dora - sua mulher, e depois Paloma. Hoje a Bahia e o Brasil ficam mais pobres de literatura e de gente. Quem a conheceu sabe, como Zélia era meiga e sedutora; inteligente e alegre; era dedicada ao seu amor, à família, à literatura, à fotografia, e à luta política. Era muito gostoso chegar na casa dos Amado e sentir o carinho que eles partilhavam, e nós - Rogério, Rogério Neto, Bernardo e eu desfrutamos disso.
Lembro-me bem de um dos aniversários de Paloma em que Zélia fez uma homenagem à filha: declamou poesia, cantou, sorriu e contou histórias: da época da sua militância política, do exílio - especialmente quando o Partido Comunista foi declarado ilegal, histórias de Paris onde viveram muitos anos, do nascimento de Paloma na Tchecoslováquia: o hospital, as visitas e os amigos. Viviam de forma simples e eram muito unidos; este era um dos segredos.
Lembro-me bem de um dos aniversários de Paloma em que Zélia fez uma homenagem à filha: declamou poesia, cantou, sorriu e contou histórias: da época da sua militância política, do exílio - especialmente quando o Partido Comunista foi declarado ilegal, histórias de Paris onde viveram muitos anos, do nascimento de Paloma na Tchecoslováquia: o hospital, as visitas e os amigos. Viviam de forma simples e eram muito unidos; este era um dos segredos.
Nesta cinzenta manhã de chuva a Bahia e os amigos se despedem de Zélia.
Ficamos com o vazio, e ela finalmente vai encontrar Jorge - seu grande amor!
Ficamos com o vazio, e ela finalmente vai encontrar Jorge - seu grande amor!
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